Visita e observação

Foto: Pátio da Escola Estadual Onélia Campelo.

Foi hoje, entre tantas estreias, o primeiro dia de visita à escola Onélia Campelo pelo PIBID. Em sala, junto com a supervisora Edilene, meu grupo se apresentou às turmas e abriu um canal de interação que não foi desperdiçado pelos estudantes. A professora se mostrou empolgada e confortável com a nossa presença, enquanto as classes fizeram perguntas sobre a universidade, o vestibular, o ensino médio e sobre leitura e escrita. Um questionamento em específico me chamou à atenção: "Como se faz para gostar de ler?", quis saber uma aluna. Isso me levou a perceber indivíduos com dificuldades para o ingresso no universo literário, mas que talvez tenham um triunfo: a esperança e a curiosidade pelas experiências de quem experimenta o gosto intrigante por leitura.

Após uma breve análise que fizemos do projeto político pedagógico da instituição, entregue pela professora Edilene, o coordenador nos recebeu no auditório para uma conversa sobre o funcionamento do aparelho escolar. Entre outras coisas, ele citou que as verbas disponibilizadas pelo Estado são insuficientes para o colégio, o que resulta numa dificuldade de distribuição do dinheiro e em certa precariedade do sistema. Mais tarde, na visita guiada por Edilene pela estrutura do espaço, quando conhecemos também os demais funcionários, pudemos atestar deficiências graves no ambiente, mas que compõem o cenário de uma escola com grande e notório potencial. Foi durante esse percurso que conseguimos abordar temas que orbitam, insidiosos, o ensino público: suicídio, tráfico de drogas, violência e evasão escolar. Dentro desse campo rico em diálogo, acredito que todos os meus colegas, assim como eu, encontramos gratas surpresas e desafios empolgantes.

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